Pergunta-se frequentemente “quando isto acaba?”
Com o tempo a passar, é natural que nos sintamos sobrecarregados, cansados, exaustos de estarmos em alterações constantes que incluem diversas restrições.
A OMS indica que 60% da população está a sofrer de fadiga pandémica que se caracteriza por um humor invulgarmente triste e/ou irritável com diminuição de interesse ou prazer nas atividades/tarefas diárias durante um período prolongado e que causa sofrimento.
Esta fadiga dificulta perspectivarmos e planearmos o nosso futuro. A falta de planos pode criar a falsa percepção de “não tenho objetivos para nada” e ficamos sem saber para onde remar. Com o cansaço a aumentar, a tristeza sobe na mesma proporção e sentimos que estamos a divagar.
E associada a esta fadiga surgem diversas queixas:
· Irritabilidade aumentada;
· Perda de vitalidade;
· Procrastinação;
· Alterações do sono e apetite;
· Perda de energia;
Cada indivíduo consoante a sua experiência pessoal percepciona o meio envolvente (e a pandemia) de forma diferente e pode depender de diversos fatores como:
1. Estado de saúde
a. O indivíduo (e familiares) foi (ou não) contaminado pela covid-19;
b. Doenças do foro físico;
c. Doenças do foro psicológico;
2. Suporte social
a. Viver sozinho - com níveis de solidão aumentados;
b. Viver com a família (tanto pode ser fonte de apoio como de conflitos);
c. Ter rede de apoio alargada, como amigos ou comunidade;
3. Fatores socioeconómicos:
a. Perda de rendimentos;
b. Negócio próprio em risco;
A linha que separa a fadiga pandémica e a depressão é ténue por isso precisamos de ir buscar a nossa caixa de ferramentas psicológicas para garantirmos níveis otimizados de saúde e bem-estar.
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