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Abrace o seu Eu!


Quantos de nós já não nos sentimos incapazes ou inadequados? E com a sensação de que dentro de nós temos uma espécie de Grilo Falante que nos crítica, desvaloriza e minimiza. Enquanto que surge uma tímida voz interna que diz “és capaz” “acredita em ti”.


Trazendo-nos confusão “Em que lado devo acreditar?”, por um lado a auto-crítica e por outro a auto-compaixão.


A auto-crítica entenda-se como a nossa habilidade de realizar uma crítica de nós mesmos, tanto na forma de agir/pensar/sentir detetando erros, aspecto importante que nos faz aprimorar as nossas capacidades, no entanto....


Por vezes, essa auto-crítica é demasiado ruidosa... Funciona como se constantemente alguém gritasse connosco e nos fizesse recordar “que não somos suficientemente capazes/temos valor/vamos alcançar os nossos objetivos”.

Todo este ruído desperta em nós sentimentos de tristeza, ansiedade, culpa ou vergonha.

Esta auto-crítica elevada empurra-nos a ter um grau de exigência enorme que parece que nos esmaga, não escutando o nosso lado compassivo. E aqui surge a necessidade de alimentarmos a auto-compaixão.


A auto-compaixão consiste em ser gentil, bondoso, e compreensivo consigo mesmo, tal como somos com os nossos familiares e amigos que se estejam a deparar com um desafio. É aceitar que não somos perfeitos e entender que as nossas falhas poderão impulsionar a nossa aprendizagem e desenvolvimento pessoal. A capacidade de nos abraçarmos a nós próprios ajuda na diminuição de stress, ansiedade, tristeza, sentimentos de inadequação.


Vamos tentar fazer o seguinte exercício: Como trataria um amigo?

Agarre o lápis e um papel


1 - Pense em momentos em que um amigo íntimo se sente muito mal consigo mesmo ou está realmente passando por algum momento difícil. Como reagiria com o seu amigo nessa situação (especialmente quando está a dar melhor de si)? Anote o que normalmente faz, o que diz e observe o tom com que costuma conversar com seus amigos.


2 - Agora pense nos momentos em que se sente mal consigo mesmo ou está passando por algum momento difícil. Como costuma responder a si mesmo nessas situações? Escreva o que normalmente faz, o que diz e observe o tom com que fala consigo mesmo.


3 - Notou alguma diferença? Se sim, pergunte-se porquê. Que fatores/medos existem que o levam a tratar-se de maneira tão diferente da que trata os outros?


4 - Escreva como acha que as coisas podem mudar responder da mesma forma que normalmente responde a um amigo próximo que está sofrendo.


Em vez de ignorar a sua dor com uma postura rígida, poderá dizer “isso é realmente difícil “, como poderei cuidar de mim e dar-me conforto neste momento?


Procure evitar julgar-se e criticar-se por erros ou falhas e explore com curiosidade o seu lado, gentil e bondoso em prol de si mesmo.

Cultivar a auto-compaixão significa que honra e aceita a sua humanidade. Todos nós vamos cometer erros, esbarrar nas nossas limitações, teremos perdas e frustrações. Estes são aspetos partilhados por todos.


Porque não tenta cuidar de si como faz com um bom amigo e ver o que acontece?

Com o olhar atento, curioso e gentil, procure dar permissão de ser brilhantemente imperfeito e abrace o seu EU!

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