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Lidar com a falha

Nunca ouviu dizer que errar é humano? Ainda que esta ideia esteja enraizada na nossa sabedoria moderna, a verdade é que nos esquecemos, muitas vezes, que errar é - efetivamente - humano. A sociedade tornou um hábito viver sob pressão. Pressão essa que levamos connosco para os nossos trabalhos, demonstrações de estatutos sócio-financeiros e mesas de jantar de família. Somos demasiado pressionados a seguir determinados caminhos, a corresponder a certas expetativas e a tentar atingir uma perfeição que não existe. Todos somos expostos ao fracasso, sem exceção. Independentemente do nosso estatuto sócio-económico, o fracasso bate à porta de todos. Claro que para alguns poderá ter mais ou menos repercussões, mas ninguém é livre do erro e todos, eventualmente, somos obrigados a enfrentá-lo cara a cara. No final do dia, a sua batalha com ele vai depender da maneira como perceciona as coisas e aí é preciso que se responda a si mesma(o) à seguinte questão: vê a falha como um passo atrás ou uma oportunidade para aprender e fazer melhor? Deve assumir o erro com a atitude correta, pois isso pode ajudá-la(o) a abrir novos horizontes. Muitas vezes, o medo de errar pode fazer com que deixe de aproveitar o melhor que a vida tem para lhe oferecer, pois ele convence-a(o) que não é capaz de ter uma carreira melhor, de sair de um relacionamento tóxico ou de perseguir uma oportunidade única. O receio do fracasso pode atrapalhar qualquer esforço que faça na vida. Se a sua mente está recheada com o medo de fracassar, isso pode impedir que conquiste grandes coisas na vida, provocando sentimentos e pensamentos negativos que irão reduzir o seu potencial a longo prazo. Aprenda a admitir que o erro não é sinal de fraqueza. Muito pelo contrário. Assumir o erro com dignidade é sinal de confiança, força e determinação. Ninguém neste mundo é livre de falhas, por muito que se tente camuflar esse facto. Contudo, em vão.


Como pode aprender a falhar em grande?

  • Assuma que é na imperfeição que está a sua força: admitir que cometemos um erro, pode incomodar o nosso ego que quer estar sempre no poder e ter sempre razão. É isso que pode levá-la(o) a acreditar que errar é um sinal de fraqueza ou ignorância. Mas, contrariamente ao que se pensa, aceitar que temos falhas mostra o quão fortes e humildes somos, pois só alguém assim tão forte é capaz de encarar a imperfeição e de abraçá-la. Só assim poderá saber o que precisa de fazer para corrigir os seus erros.

  • Tenha compaixão consigo: não seja demasiado agressiva(o) consigo mesma(o) quando algo não corre como esperava. Aceite o erro, a crítica que vem geralmente por associação e siga em frente. Quanto mais tempo perde ao bater com a cabeça nas paredes e a crucificar-se, mais se afasta da oportunidade de aprender com a situação. O que me leva precisamente ao seguinte ponto.

  • Aprenda com os erros: se até a própria ciência que está na base de muita coisa que sustenta a humanidade já errou, como haveríamos nós, simples humanos, de não o fazer? Foi com esses erros que hoje somos capazes de desenvolver os melhores medicamentos, curar doenças que antes eram consideradas incuráveis e de levar o homem ao espaço. Não pense que tudo isso foi possível à primeira tentativa. Contam-nos imensas histórias de sucesso, mas não se esqueça que esse só foi possível de alcançar depois de falhar em grande, após muitas angústias e incertezas.

  • Foque-se no resultado final: se souber para onde caminha, qualquer obstáculo torna-se mais pequeno. Ter um propósito para as nossas ações é aquilo que serve de motivação para continuarmos em frente. Escusado será dizer que essa motivação é absolutamente fundamental após qualquer erro que se cometa, pois é ela que nos vai obrigar a não baixar os braços. Bem nos diz esta frase emblemática: “O sucesso é ir de fracasso em fracasso sem perder o entusiasmo” - entusiasmo de chegar onde se quer.

  • Liberte-se de paradigmas e rodeie-se com as pessoas certas: frequentemente, deparamo-nos com muita atitude negativa por parte de quem nos rodeia. São geralmente pessoas que têm muitas opiniões sobre a nossa vida e sobre como devemos vivê-la. Isso faz com que transportemos esse negativismo para a nossa vida pessoal e a maneira como enfrentamos situações de possível fracasso. Em muitos casos, isso acontece porque somos moldados por crenças colocadas em nós pela família, religião, educação e, até mesmo, por outros segmentos da sociedade. Acreditamos que as convicções que nos foram incutidas são verdadeiras, e é por isso que essas crenças trazem-nos conforto. Afinal, foram elas que nos mantiveram inseridos no grupo. Liberte-se desses paradigmas e procure o autoconhecimento para poder reconhecer quem você é verdadeiramente. Só assim poderá saber como melhorar a sua postura e personalidade.

  • Confie nos seus instintos: apesar de, às vezes, eles nos falharem, a verdade é que não existe nada melhor do que os seus próprios instintos para o guiar no caminho certo, mesmo que, às vezes, pareça errado.

Gostaria de terminar este artigo com a frase de Winston Churchill que diz que “O sucesso não é o final, o fracasso não é fatal: é a coragem para continuar que conta”. Seja corajosa(o). Para lá do medo de errar poderá estar a vida que merece. E lembre-se que quem tem tendências para evitar o fracasso, jamais saberá o verdadeiro sabor da conquista.


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